O Conselho Empresarial da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) através da sua Unidade Regional Sertão do Araripe debateu, em mais um encontro, temas de interesse da indústria regional. Na reunião do mês de agosto, o assunto principal foi um estudo da Agência de Desenvolvimento Econômico e Social do Araripe (ADESA) sobre a instalação de um porto seco na região.
De acordo com o estudo, a região do Araripe, situada na tríplice fronteira entre Pernambuco, Piauí e Ceará, desponta como um polo estratégico para o fortalecimento da logística nacional, especialmente com a chegada da Ferrovia Transnordestina e a implantação de um Porto Seco em Trindade. Com localização privilegiada e conectividade a importantes rodovias, a região concentra o maior polo gesseiro da América Latina, responsável por mais de 80% da produção nacional de gipsita. Além disso, abriga cadeias produtivas robustas, como a bacia leiteira, a produção de mármore e o potencial agrícola emergente na Chapada do Araripe, com investimentos privados expressivos no cultivo de soja, algodão e mandioca.
O impacto da integração ferroviária vai muito além do transporte de mercadorias: trata-se de um catalisador para a competitividade regional, reduzindo custos, agilizando o escoamento e atraindo novos mercados, nacionais e internacionais. No setor gesseiro, por exemplo, o modal ferroviário e o Porto Seco poderão ampliar as exportações para países como Paraguai, Chile e Colômbia, além de consolidar o fornecimento de gesso agrícola para grandes fronteiras de produção de grãos na conhecida região MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). Da mesma forma, insumos essenciais para a pecuária e avicultura locais, como milho e rações, poderão chegar com mais eficiência, impulsionando setores estratégicos para a economia do Sertão.
Para o presidente da ADESA, Daniel Torres, esse cenário abre oportunidades para transformar o Araripe em um hub logístico do Nordeste, atraindo investimentos, gerando empregos e fortalecendo cadeias produtivas já consolidadas. Com projetos estruturantes como o Canal do Sertão, que prevê irrigar até 120 mil hectares, e potenciais acordos internacionais para a produção de biocombustíveis, o território reúne as condições para se tornar referência nacional em desenvolvimento regional integrado.
“A articulação entre poder público, setor privado e sociedade civil será decisiva para que esse potencial se traduza em crescimento sustentável e em um novo capítulo de prosperidade para a região”, destacou.
O tema da Ferrovia Transnordestina segue em pauta na região do Araripe no dia 15 de agosto, sexta-feira, em um seminário promovido pelo Movimento Econômico e SUDENE. O evento será no Centro de Avanço Tecnológico (CAT) e as inscrições podem ser feitas gratuitamente no link https://www.sympla.com.br/evento/conexoes-transnordestina-iii-a-ferrovia-que-move-pernambuco/3055943
Sistema FIEPE - Mantido pelo setor industrial, atua no desenvolvimento de soluções para trazer ainda mais competitividade ao segmento. Além da FIEPE – que realiza a defesa de interesse do setor produtivo – conta ainda com o SESI, o SENAI e o IEL. Pelo SESI-PE, são oferecidos serviços de saúde e educação básica para os industriários, familiares e comunidade geral. O SENAI-PE, além de formação profissional, atua em metrologia e ensaios, consultorias e inovação. O IEL-PE foca na carreira profissional dos trabalhadores, desde a seleção de estagiários e profissionais, até a capacitação deles realizada pela sua Escola de Negócios.
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